30 de mar. de 2009

Oxidação lipídica em músculos esqueléticos de humanos obesos

Coluna do Estêvão

Na segunda reunião de Tópicos, foi discutido um artigo "clássico". Publicado em 2000, o artigo já conta com mais de 160 citações, o que o torna extremamente significativo. Mas o que ele tem de especial? Tem uma base sólida, como toda ciência deveria ter: uma boa pergunta. Mas para compreender essa pergunta precisa-se, primeiro, de uma breve recaptulação bioquímica.
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Os triglicerídios circulantes (aqueles que variam quase que de imediato dependendo da alimentação) têm dois caminhos para seguir após entrar na célula: armazenamento - o que ocorre principalmente em adipócitos -, ou metabolismo oxidativo (no caso, beta-oxidação), onde os ácidos graxos vindos dos triglicerídios vão para o ciclo de Krebs, e, finalmente, para a cadeia transportadora de elétrons, estes últimos eventos ocorrendo dentro da mitocôndria.
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A questão importante para o artigo é que o transporte através das membranas da mitocôndria pode ocorrer de maneiras diferentes, dependendo das características das moléculas lipídicas envolvidas. Cadeias com poucos carbonos, por exemplo, passam diretamente através das membranas, sem precisar de um "estímulo enzimático". Já lipídios com mais carbonos só conseguem se ver dentro das mitocôndrias com a ajuda da enzima carnitina, como é o caso do palmitoil, usado na pesquisa, e que necessita da enzima CPT-1 para atravessar as membranas mitocondrias.
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Observou-se, por meio de outros estudos (uso de carbonos marcados - Carbono 14), que o metabolismo de lipídios não ocorre da mesma maneira para pessoas magras e pessoas obesas. Analisando-se o Dióxido de Carbono expirado e fazendo uso dos carbonos marcados, pode-se constatar que a maior parte da energia obtida durante o repouso, no caso das pessoas obesas, vêm do metabolismo de carboidratos - os maiores valores encontrados para esse tipo de metabolismo são para pessoas obesas. Pessoas não obesas, por sua vez, apresentam maior oxidação lipídica, havendo mais equilíbrio na relação carboidratos/lipídios; atletas apresentaram os maiores níveis de uso de lipídios para obtenção de energia em estado de repouso, mostrando divergência radical em relação a obesos.
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Pode-se, finalmente, revelar a pergunta motriz do estudo: por que pessoas obesas apresentam baixas taxas de oxidação lipídica? Toda a pesquisa do artigo foi feita para se responder a essa pergunta. As opções de resposta são bem definidas: ou o problema está antes da enzima transportadora, ou na própria CPT-1 e seu transporte, ou é no metabolismo pós-CPT1, já dentro da mitocôndria. Alimentando os pacientes com uma dieta que continha, entre outras, cadeias carbônicas curtas e longas com carbonos marcados, poderia-se verificar onde o problema estava ocorrendo. Analisando o metabolismo dos ácidos graxos de cadeia curta, foi possível concluir que havia problemas de metabolismo pós-CPT1 (baixos indicadores de metabolismo desses ácidos graxos), o que compremete a oxidação lipídica no geral, visto que todos os ácidos graxos que serão oxidados passarão por esse mesmo processo metabólico.
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Quando se foi analisar o metabolismo dos ácidos graxos de cadeia longa, observou-se uma queda acentuada nos índices marcadores: nesse caso, além da questão metabólica pós CPT1, também observou-se complicações no próprio transporte efetuado pela enzima, sendo isso possível pelo fato de ela estar envolvida no transporte de cadeias longas pelas membranas mitocondriais.
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A pergunta que provavelmente está pulsando na cabeça do leitor é: e como essa análises foram feitas? A análise foi feita em um grupo. Esse grupo de pacientes contava com duas partes: cada parte tinha 9 pacientes do sexo feminino, divididas entre obesas e magras. As análises para mensuração da oxidação lipídica foram feitas por biópcias do músculo vasto lateral, um dos músculos da coxa. Algumas questões foram levantandas, na reunião, com relação a esse grupo de pacientes. As principais foram se o número de pacientes era suficiente para dar confiabilidade aos dados obtidos, quando se trata de uma questão de tamanha magnitude como a que estava sendo mensurada no exame; se o fato de o vasto lateral ser um músculo da coxa, portanto envolvido na locomoção, não interferiria nos resultados; e, também, se 1 paciente negra, de nove, não seria uma incoerência (1/9 não é o suficiente para representar toda a parcela de população negra da sociedade americana, mas é suficiente para alterar significativamente os dados, visto as consideráveis diferenças enzimáticas presentes em populações descendentes de povos etnicamente afastados). Ainda houve a questão de não haver uma faixa de separação entre os grupos, e sim uma linha com um valor específico: desse modo, mulheres com um fenótipo praticamente igual ficaram separadas em grupos diferentes (magras ou obesas). Em relação á questão do vasto lateral também ser um músculo de locomoção, um exame adicional foi realizado: foram feitas biópcias de músculos do abdômem (reto abdominal, no caso) de mulheres em procedimentos cirúrgicos. Os dados assim obtidos só vieram confirmar os resultados anteriores.
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Como último fato importante, o professor MHL passou um dos objetivos de Tópicos durante a discussão do artigo: a importância de separar RESULTADO de INTERPRETAÇÃO DE RESULTADO, mesmo se feita pelo autor. No caso, foi feita uma afirmação perigosa de ser feita (que deu a entender que contava com altíssimas chances de ser uma afirmação verdadeira), mas que estava no limite estatístico de ser pura obra do acaso. Os resultados estão sempre ali; cabe a nós criarmos interpretações corretas, se tivermos o conhecimento necessário para tal.

Estêvão Cubas

25 de mar. de 2009

Seminário de BIOBIO

Seminários-BIOBIO
Olá galera!

Como mencionado hoje na aula, a matéria de bioquímica e biofísica é dividida em quatro módulos (o do professor Fernando, da professora Egle e os dois últimos do professor Marcelo Hermes). No quarto e último módulo, vocês alunos deverão apresentar trabalhos de temas já mencionados (e que se encontram na ementa) no formato de painéis + blog (seminário) ou fazerem um grupo que apresenta só em forma de blog.

Os painéis são cartazes de papel de tamanho 120 X 90 cm, impressos em gráficas, que apresentam o conteúdo de maneira sucinta e bastante visual, com gráficos, tabelas e tópicos que guiam e ilustram a palestra do apresentador. A apresentação em forma de painéis foi introduzida na disciplina Bioquímica e Biofísica para que os alunos sejam avaliados de uma forma diferente, conheçam o formato de apresentação de trabalhos mais utilizado em congressos e ainda tenham um material de boa qualidade como apoio para a apresentação, para o restante da turma, dos temas de bioquímica aplicada. As apresentações serão gravadas e postadas no blog ( podcasts) com a finalidade de auxiliar o estudo para a prova de VouF.

Os alunos deverão escolher entre os dois tipos de seminário, que são:

a) Painel + BLOG ( seminário): vale 15% da nota total, os grupos deverão ser compostos por 4 a 5 integrantes (5 é o ideal). Cada grupo contará com a orientação exclusiva de um monitor ( aqueles que se apresentaram na aula). Ele será responsável por passar-lhes dicas, sugestões, informações e solucionar dúvidas. O conteúdo geralmente é extenso, devido à complexidade dos temas. Recomenda-se a divisão em subtemas e que cada aluno do grupo crie e apresente o painel da parte do seminário atribuída a ele. Assim, um painel é constituído, na grande maioria dos casos, por 5 painéis. Cada grupo terá aproximadamente 45 minutos para fazer sua apresentação, o grupo será responsável também por montar um blog onde todo o conteúdo referente ao assunto dos painéis será postado, além de curiosidades e artigos científicos referentes ao tema do painel.

b)Só Blog”: vale 10% da nota total, os grupos deverão ter 3 integrantes. Os temas serão de bioquímica clínica e aplicada (Exemplos: História da insulina, História da pelagra, óleo de Lorenzo, síndrome metabólica entre outros...) Também receberão orientação de um tutor, mas que não será exclusiva, havendo dois tutores para todos os blogs. Não serão feitos painéis ou apresentações orais para complementar o blog. A data de “entrega do blog” ainda será definida pelo professor Marcelo Hermes.

Os painéis e os blogs serão avaliados pela sua qualidade gráfica, pela clareza e dinâmica das explicações e pelo domínio do conteúdo. O grupo receberá uma nota de 0 a 10. Haverá também a nota individual de cada componente do grupo, dada pela porcentagem (de 0-100%) sobre a nota geral do painel e do blog. Os critérios avaliados serão os mesmos, só que de forma individual. Por exemplo, se o painel de Obesidade teve uma nota geral de 9,8 e um dos componentes do grupo obteve uma nota individual de 96%, ele ficará com 9,4 ao final.

INSCRIÇÕES E PROJETOS: Os painéis apresentados (seminários) dão mais destaque ao aluno, que tem mais tempo para expor e detalhar sua pesquisa, enquanto que nos grupos só de blog, os alunos terão somente esse meio de avaliação (sem apresentação oral do trabalho) e o peso do trabalho na nota final será menor.

* Para requisitar um tema, o grupo já previamente formado, deverá elaborar um projeto contendo uma breve explicação dos motivos para a escolha daquele tema, além de uma síntese do que pretendem apresentar no painel caso sejam selecionados. Lembrem-se que é um trabalho de Bioquímica e Biofísica e, portanto, os temas deverão ser abordados dentro da lógica da matéria. Cada grupo poderá escolher mais de um tema e elaborar a quantidade equivalente de projetos, mas deverá identificar um dos projetos como prioridade. Por exemplo, se os alunos se interessarem pela Bioquímica do Diabetes e pela Bioquímica da Obesidade, dois projetos deverão ser feitos, um do primeiro e um do segundo, sendo que é necessário registrar qual tema é a prioridade do grupo. Esses projetos devem ser enviados para o e-mail topicos_2001@yahoo.com, juntamente com o nome de todos os componentes, matrícula e curso. Nesse mesmo e-mail, um dos componentes deverá se apresentar como o representante e oferecer seus dados pessoais, como endereço de e-mail, telefone e celular ( para entrar em contato com os monitores). Os projetos deverão estar, obviamente, no mesmo e-mail, porém em anexos separados para facilitar a avaliação. Ao redigir os textos das propostas, é recomendado que se utilize fonte Times New Roman, tamanho 12, espaçamento entre linhas de 1,5 e alinhamento justificado. O tamanho máximo de cada proposta é de 2 páginas, lembrando que se trata apenas de um projeto, não de uma parte do trabalho ou da pesquisa em si.

Os e-mails deverão ser enviados até o dia 02/04, quinta-feira, às 18 horas. Todos deverão receber uma confirmação de que o e-mail foi recebido até às 22 horas do dia 03/04. Caso não recebam, enviem novamente e aguardem. Não haverá exceções, portanto cuidado com o prazo! Estou colocando aqui um modelo de um projeto vencedor para auxiliá-los a compreender o que é esperado na proposta. Os pedidos serão avaliados pelos tutores, que são alunos, então não copiem projetos antigos (temos todos arquivados) e nem copiem textos da Internet, isso é plágio (é crime!).

TODOS OS GRUPOS (TANTO O DE SEMINÁRIO COMO O DE SÓ DE BLOGS) DEVEM MANDAR O E-mail COM O PROJETO, CASO CONTRÁRIO O ALUNO SERÁ INCLUÍDO NO GRUPO DE ALUNOS QUE FARÁ A PROVA DE V OU F VALENDO 30% DA NOTA TOTAL!

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:

Todos os e-mails, sem exceção, deverão seguir a seguinte lógica:

a) O titulo do e-mail deve conter o tema do painel que o grupo escolheu. Se o tiver redigido duas propostas (sendo, por ex, a prioridade do grupo o tema obesidade e a segunda opção, diabetes) o titulo deverá ser: 1-obesidade 2-diabetes. Prestem atenção nisso, pois não abriremos e-mails que não estiverem neste formato.

b) TODOS os e-mails devem conter o representante do grupo. E não se esqueçam que o representante deve mandar junto seu e-mail e telefone para que o monitor possa entrar em contato como grupo.

E muito importante que vocês sigam essas orientações a fim de aperfeiçoar o trabalho dos monitores...

Exemplo de Proposta de projeto - Extremos da tolerância humana – 2008/1

A tolerância humana a diversas situações possui limites que quando não respeitados levam os indivíduos ao extremo de seus organismos. Saber os limites do nosso corpo é de relevante importância porque, se forem ultrapassados, podem implicar em danos irreversíveis e até mesmo no óbito. A resistência dos seres humanos a situações extremas varia de pessoa para pessoa e é influenciada por fatores genéticos, culturais, psicológicos e físicos. Apesar de ela ser variável, é necessária a compreensão a respeito dos comportamentos gerais dos organismos humanos para o melhor entendimento sobre os nossos próprios limites. Conhecer os sintomas de quando se chega ao extremo e como se deve comportar para evitar grandes perdas nessas ocasiões é de suma importância para a preservação da vida.

Temos como finalidade em nosso trabalho analisar a bioquímica envolvida nos corpos humanos em situações extremas, identificando as reações destes e os mecanismos de defesa para manter a vida. Pretendemos também abordar tipos de situações onde o organismo é levado ao extremo e seus desencadeamentos, apontando as diferenças de reações de pessoa para pessoa, quando serão identificados os fatores que fazem os indivíduos não se comportarem da mesma maneira.

Quanto às situações que apresentaremos em nosso trabalho, abordaremos a tolerância humana às drogas, conceituando overdose, explicando quais são as reações do corpo quando ocorre o abuso de substâncias químicas e qual a sua ação para manter a vida; trataremos sobre a resistência humana ao excesso de exercícios físicos, apontando o porquê de o nosso organismo não poder trabalhar excessivamente e qual o motivo de haver pessoas tão aptas e outras tão pouco adaptadas a situações extremas de esforço físico, ou seja, quais são as diferenças fisiológicas, genéticas, nutricionais e comportamentais entre esses indivíduos para que haja tal disparidade.

Um dos painéis apresentará os limites humanos nas mudanças extremas de condição ambiental (variação de pressão, hipotermia, hipertermia e hipoxia), explanando o que modifica em nosso metabolismo para que nos mantenhamos vivos, a sua correlação com a dor e qual a utilidade desta para o nosso organismo. Será abordado também o que ocorre no corpo para podermos sentir dor, ou seja, de onde vem, para onde vão (a que sistema cabe a modulação dessa resposta) e como se integram os impulsos ativadores dela; citaremos também, a diferença entre limiar de dor fisiológico e limiar de tolerância oferecendo exemplos para melhor compreensão do assunto.

Comentaremos também sobre o extremo da subnutrição e da falta de água para o organismo humano, abordando as suas conseqüências para os sistemas nervoso, imune, cardiovascular, gastrointestinal e respiratório, analisando do ponto de vista bioquímico as ações do corpo para suprir tais necessidades (tomemos como exemplo as vias metabólicas alternativas que o organismo acha para obter glicose) e, por fim, serão abordados os limites de estresse para um indivíduo, comentando até qual ponto ele é positivo e depois de passado esse ponto, até que ponto ele é aceitável. Trataremos também a respeito dos hormônios que estão relacionados com a ativação do estresse, qual a interferência do cortisol (um hormônio relacionado ao estresse) no sistema imunológico e a relação do estresse com o desenvolvimento de doenças como a obesidade, a gastrite e a pressão alta.
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Se quiserem visitar os blogs dos painéis do semestre passado:

http://biobio-unb.blogspot.com/2008/10/visitem-os-blogs.html

Renata (Chefe dos Monitores)

22 de mar. de 2009

Artigo 1 de Tópicos em Bioquímica

Coluna do Estêvão

Ocorreu, finalmente, a primeira discussão do primeiro artigo de tópicos. Os novos alunos se reuniram das 6 ás 8 da noite ao redor da longa mesa no Laboratório de Bioquímica e Biofísica, aquele mesmo, ao lado do qual saíam as notas do primeiro semestre das aulas de Biobio.
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A primeira aula de discussão sobre artigos científicos com o professor MHL começou bem: o artigo, um pouco mais simples do que a maioria que está por vir, serviu para orientar os recém-iniciados quanto á melhor maneira de se analisar um artigo, de maneira a poder criticá-lo e absorver o que houver de melhor de seu conteúdo.
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E quais são um passos quando se tem um artigo em mãos? Desde um primeiro momento, os alunos de Tópicos já aprendem a importância de ver o autor do artigo, bem como de qual instituição esse autor é. Desse modo, pode-se, por exemplo, determinar e localizar outros artigos já publicados pelo mesmo autor, e ter-se uma série de artigos com a mesma linha de pesquisa. Aparece, então, a importância das referências bibliográficas presentes no artigo, num mundo caracterizado por uma intensa rede de intertextualidade e citações.
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E o artigo, do que tratava, afinal? O assunto foi a análise de ratos de laboratório Virgin Wistar, sendo analisados espécimes cujas genitoras estiveram, durante a gravidez, em estado de subnutrição (30% da quantidade de alimentos ingerida por livre e espontânea vontade). Foi analisado, nesses ratinhos, o comportamento sedentário desenvolvido pelos vindos de mães subnutridas, avaliando o efeito desse fator pré-natal na vida pós-natal do espécime: fenômeno conhecido como programação fetal.
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Já sabia-se, na época de publicação do artigo (2003), que a descendência de mães que estiveram subnutridas durante a gestação apresentava índices elevados de obesidade e sedentarismo. A pergunta que o artigo tentou responder foi: por quê? Por que obesidade nessa geração de ratinhos? Analisando parâmetros simples, como a distância percorrida por cada indivíduo e as calorias por quilo ingeridas na alimentação, foi possível responder a pergunta-objetivo do artigo: a causa da obesidade era comportamental. Os ratinhos eram mais obesos porque eram mais sedentários. Além da questão do estado nutricional materno, que era crucial na situação analisada, a presença de dieta hipercalórica também agravava a situação de obesidade e sedentarismo, não sendo, contudo, essencial: maior obesidade e sedentarismo também ocorriam nos ratos de dieta normal.
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As críticas, de maneira geral, disseram respeito a três assuntos principais. O primeiro foi que um dado importante não constou no artigo: uma tabela com o peso por idade dos indivíduos. Embora essa informação estivesse presente (devido aos gráficos de variação de peso por variação de tempo e dietas informadas em kcal/kg), o grupo chegou á conclusão de que seria melhor para a compreensão do artigo a presença dessa simples tabela.
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Outra questão levantada foi se o estudo conseguiu isolar os fatores pré-natais: não haveria também um pós-natal que escapou do crivo dos autores, o fator de amamentação materna, e sua interação com o filhote? A questão foi levantada pela primeira vez nos últimos 5 anos de reuniões de Tópicos, sendo o possível viés identificado por Gabriel Carvalho.
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Finalmente, levantou-se a pergunta: o fator pré-natal que a subnutrição trazia era genético ou comportamental? Seria só o sedentarismo, ou haveria mudança nas pares de base do material genético dos indivíduos envolvidos? Embora a condição de gestação tenha trazido uma alteração de interação com o ambiente, decorrente, portanto, do modo de expressão protéica a partir do material genético, considerou-se a possibilidade de isso não significar simplesmente sedentarismo no pós-natal, mas também uma mutação propriamente dita.
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A conclusão resumida de todos, artigo, alunos e professor, ao final da reunião, foi uma: ratinhos sedentários são, sim, mais gordos, programação fetal presente ou não.
Estêvão Cubas

21 de mar. de 2009

Alunos de Tópicos no Trote Solidário

Deu no Correio Braziliense de hoje:
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Calourada
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Nada de farinha, ovos, violência ou humilhação. Os alunos que ingressaram neste semestre na Universidade de Brasília (UnB) trocaram o trote tradicional por uma ação que tem a solidariedade como marca. Cerca de 130 estudantes aprovados para os mais diversos cursos da instituição passaram o dia de ontem na Escola Classe nº 1 do Paranoá, onde participaram da Festa da Família. (...)
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Os estudantes da UnB ensinaram as crianças a confeccionar malabares e a utilizá-los, montaram uma cama elástica, fizeram mágicas e levaram palhaços da Terapia do Riso para animar os pequenos. Durante a manhã, Vinícius Alves Bezerra, de 17 anos, organizou um campeonato de golzinho. “É importante fazer algo pelas pessoas que precisam”, disse o estudante do curso de medicina. Mesmo sem entender direito, Roberto Carlos Felix Moureira, 5 anos, ficou atento às explicações dadas pelos monitores do museu de anatomia. As crianças se surpreenderam com os pulmões, fígados e fetos expostos pelos alunos. (...)
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Para o estudante de medicina Arthur Bernardo Gurgel Fernandes, de 18 anos, iniciativas como o Trote Solidário contribuem para uma formação mais humana dos profissionais de saúde do país. O calouro lembra que, antes mesmo de começarem as aulas, o centro acadêmico do curso organizou uma viagem de cinco dias para Ceres (GO), com a intenção de aproximar os alunos da realidade do país. “Visitamos asilos e conhecemos de perto o funcionamento do Sistema Único de Saúde. A experiência contribuiu muito para a nossa instrução”, considera.
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Nota do MHL: Quem está na foto acima é o Felipe Lobo, aluno de Tópicos.

7 de mar. de 2009

Bibliografia de BIOBIO



1) Marzzoco, A. & Baptista, B., Bioquímica Básica, 3ª edição, Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2007.
2) Lehninger, A. L.; Nelson, D. and Cox, M. M., Princípios de Bioquímica, 4° edição, Sarvier (Almed), 2006.
3) Stryer, L., Biochemistry, 5th edition, W. H. Freeman and Company, New York, 2001.
4) Champe, P. C. & Harvey, R. A., Biochemistry, 2nd ed., Lippincontt’s Illust. Rev., J. B. Lippincott Company, 1994.
5) Voet, D. & Voet, J., Bioquímica, 3° edição, Artmed, 2006.
6) Devlin, T., M. Manual de Bioquímica com correlações clínicas , 6° edição, Edgard Blucher, 2007.
7) Storey, K.B, Functional Metabolism, Willey Liss, 2004.
8)
Bons estudos!

Alunos selecionados para cursar Tópicos em Bioquímica 1º/2009



  • São os alunos:
09/98087 Júlia H. Moherdaui
09/93735 Estêvão Cubas Rolim
09/94031 Felipe Fernandes Lobo
08/65648 Lara Kieliane Romero Pereira
09/94944 Gabriel de Carvalho Pereira
09/97111 Jaqueline Cintra Belém
10/00080 Lucas Machado Barbosa de Lelis
09/90922 Bruno Lelitscew da Bela Cruz Faria
06/19892 Heloisa Rodrigues de Gouvêa
10/02104 Mariane de Almeida Cardeal
09/90060 Augusto Arcanjo Silva
09/91678 Carolina Sardi Fontes
09/88359 Adriano Drummond de Abreu Barreto


Obs: Provavelmente teremos uma reunião antes do início das aulas ( nessa semana), na qual serão definidos as atividades de cada aluno, determinaremos quem serão os monitores-monitores e será detalhado o funcionamento da disciplina. Entrarei em contato com os selecionados por e-mail para marcar data, hora e local.
  • Lembrete!
A primeira reunião de Tópicos acontecerá dia 17 de Março, às 18 horas, no laboratório de Biofísica (o laboratório ao lado daquele mural onde saiam as notas das provas de bioquímica e biofícia experimental).

Bem Vindos à Tópicos!

Renata e Ana Maria. [Chefes dos monitores]